Acho que culpa é um tipo antigo de cancer. Cresce, machuca e eventualmente mata.
O deserto da diversas culpas e desapontamentos é de todos o mais cruel. Rouba sem piedade minhas forças e destrói-me sem nenhum tipo de misericórdia.
O fardo é pesado. A dor do deserto e da culpa estão destruindo a minha alma...
Vergonha cerca a vida dessa menina.
Existem coisas que não se superam...vivemos o resto dos dias apenas tentando conviver com o que não podemos modificar.
Não se supera a morte.
Supera-se o deserto...mas quando?
Quando a dor para de massacrar o que restou do meu coração quebrado?
Ei-lo partido de novo. Corações só serão práticos quando forem feitos inquebráveis. O mágico de Oz disse isso e eu não acreditei, mas depois da milésima vez que seu coração quebra você começa a dar um pouco de crédito.
A trilha de tijolos amarelos gastou-se e perdeu o brilho, é a vida...ou a morte, depende dos olhos de quem vê.
Eu peço a Deus que me mostre o caminho, porque a pródiga maltrapilha para completar está perdida.
Eu peço a Jesus que me carregue, pois as forças se foram e a vida parece ter sido cruel.
E peço sobretudo que eu compreenda que a vida de que falo é o plano que ele traçou e a dor da qual reclamo é a forma que ele sábiamente está usando para, de uma forma incompreensível, demonstrar seu perfeito amor. Porque Deus não tem defeito e essa a verdade a qual me apego.
Ele me ama e está comigo no deserto...mesmo que em minha confusão eu não consiga sentir a presença do meu abba.
"...e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos."
Mateus 28:20b